Diabos, dou um duro danado para escrever em bom Português, a língua herdada dos meus ancestrais e agora me vejo enrolada no xale da doida, como se diz na Bahia,quando a gente se vê em situações inusitadas,quando se polemiza sobre a” última flor do Lácio,inculta e bela”,separando-a entre os cultos e os ignorantes.
Confesso que não sou tão culta e acadêmica como um primo que foi professor do Vieira e era motivo de riso para nós, os adolescentes na época, porque falava um Português machadiano, anacrônico para nossa compreensão.
Ele falava solenemente :-Ver-te-ei outra vez, enquanto nós, crianças da pá virada, dizíamos um sonoro e corriqueiro “ciao”,á moda italiana ,transmutado por nós em tchau, pois a língua muda e incorpora estrangeirismos, sim , senador Aldo Rabelo.
Apesar de ter surgido do Latim purista de Sêneca e Cícero e se transformado no Latim castrense como era estropiado nas casernas bárbaras e romanas, não consigo engolir o livro da Professora Heloísa Ramos,que quer transformar em português de subúrbio o egrégio idioma de Camões,nivelando-o por baixo, em vez de tentar fazer o que é o real ofício dos professores, ensinar a falar direito,de acordo com as regras ortográficas e gramaticais.
Esse “apartheid” lingüístico foi sacramentado pelo MEC que comprou milhares de exemplares para distribuir nas escolas, coisa que não costuma fazer com escritores consagrados.
Mas,como em matéria de governo não estranho nada, principalmente esse que tacha Monteiro Lobato ,o maior escritor infantil brasileiro de racista e expurga seus livros, deveria estar dizendo como o ex-ministro Armando Falcão, -nada a declarar.
Mas, como o mal feito é da conta de todo mundo e eu faço parte do “povo do livro” mesmo estando na rabeira da fila , não consigo deixar de manifestar meu protesto.
Sei que não sou purista da língua e confesso que tropeço nas colocações de vírgulas,ás vezes, por esquecimento ressuscito o hífen e a trema,recém falecidos, mas, conhecendo minhas limitações de uma velha senhora que já presenciou dezenas de reformas ortográficas que ocorrem sempre que algum editor quer vender novos livros didático,.que faço eu? Recorro aos revisores como o excelente Léo Gargi,que entende lindamente de língua,no bom sentido, claro,já que é padre beneditino,e,sendo um homem santo não deixa o escritor vivendo de brisa, pois,seus preços cabem nos bolsos furados de qualquer escritor, até uma pecadora não redimida, como eu.
Os muito * çábios do MEC que me desculpem mais escrever “nóis vai,nóis fica e “peguei os peixe” não é para mim.
Na linguagem oral podemos até fazer algumas concessões,como começar com tu e terminar com você, na linguagem coloquial,mas, a linguagem escrita obedece a regras gramaticais universais e disso não abro mão.
Tendo o hábito pouco saudável de pensar, ora em desuso,pergunto aos meus botões já que não posso perguntar ao Hadad,nosso Ministro da Educação :
-E quando esses jovens assim ensinados forem prestar concurso público? Ou ingressarem nas Universidades? Ou forem fazer Mestrado e Doutorado em Coimbra, por exemplo,como será???
Tivemos recentemente um Presidente que veio do gueto e roeu muita embira no sertão de Pernambuco,até chegar a São Paulo arrastando seu bodocó.
Lá,cresceu e apareceu,virou líder mundial e até doutor em Coimbra.
Atropela a Gramática como ninguém e sua concordância verbal faria as delícias da Professora Heloísa,o que não o impede de palestrar aos doutores endinheirados em Comandatuba, como aquele lá da Galiléia que também multiplicou os peixes.
Com esse,no final.
*Escrito errado para agradar ao MEC.Afinal, um dia,quem sabe, talvez eles comprem meus livros...
Não é o meu ponto de vista, lí o capítulo em questão, entendi que a professora pretende fazer que cada um perceba a sua própria linguagem, a fim de se adequarem a norma padrão.
ResponderExcluirDe minha parte, aceito quem fala ou escreve errado, quero dizer, mais errado do que eu, principalmente porque respeito as limitações educacionais de cada um. Entretanto, sou tolerância zero com gente formada que não sabe, não aprendeu a utilizar a língua.
Quem pode errar:
Pessoas que não tem ou tiveram acesso a educação
Pessoas que manteem as suas raízes culturais
Pessoas que se utilizam das licenças poéticas e literárais
Quem deve acertar:
Todos, incluindo-se os citados acima
Todos os que tem direito a uma boa educação.
Mirokca,
ResponderExcluirConcordo que haja um descaso com o ensino de modo geral, seja ele público ou privado, mas o DESCASO maior esta sendo com toda a HUMANIDADE...
Perdeu-se liberdade de caminhar, de sonhar, de ser feliz e de acreditar num mundo melhor.
Mas, a normas gramaticais que sofreram mudanças na nova ortografia é uma questão pessoal de se aprimorar ao "novo", independentemente, de ir para o exterior fazer o seu mestrado ou doutorado. A Linguística é um direito de todos que não são ignorantes e que zelam pela sua língua materna.
Abração.
ATENÇÃO ESTUDANTES - MUDANÇA NO ENEM
ResponderExcluirPor determinação do MEC (Ministério do Ensino do Caipirês) antigo Ministério da Inducação, com base nas novas diretrizes introduzidas a partir da adoção do livro Por uma vida melhor, da prefessôra e dotôra Heloisa Ramos, o antigo ENEM (Exame Nacional do Ensino Medio) passará a se chamar INIM (Inzame Nacional do Insinu Medíocre). As provas serão realizadas nos dias 22 e 23 de outubro de 2011, e obedecerão ao mesmo critério de esculhambação dos exames dos anos anteriores.
Valeu,Eury.
ResponderExcluirNão bastasse essa caricatura de educação que temos no nosso país,agora temos que aturar mais essa dos nossos çabios.
Existe uma grande diferença entre Língua e Linguagem q/ não parece estar sendo percebida.
Abç