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domingo, 21 de abril de 2013

BREVE HISTÓRIA DO DESCOBRIMENTO DO BRASIL (PARA AQUELES QUE DETESTAM LIVROS ESCOLARES)


                             O BLOG DE ABRIL/13
                                          BEM VINDOS!


                    A ERA DOS DESCOBRIMENTOS
NAQUELES tempos em que o Brasil nem era Brasil,aqui moravam os índios ,que andavam nus pelas florestas ,em total liberdade, viviam da caça e da pesca e guerreavam uns aos outros.
Mas,na Velha Europa a conversa era outra; gente civilizada,douta,educada,bem vestida,morando em palácios  e sempre á busca de novos conhecimentos e aberta ás aventuras.Como os portugueses,desbravadores dos mares,que,nos seus navios, cortavam o mundo.
A lenda da Ilha Brasil  ou Ilha do Brazil, Ilha de São Brandão ou HY Brazil, também chamada Ilhas Afortunadas,vai longe e ocupou a imaginação de muita gente boa. Muito antes de  Cabral,ou seja,desde os fenícios se falava nesta terra mística e desconhecida,cheia de riquezas á espera de quem as quisesse buscar.Muitos povos visitaram esta terra,como os fenícios,gregos e celtas que comerciavam  o pau – brasil,segundo a lenda,daí o nome do país Hy Breasil,que significa “descendente dos vermelhos”,devido ao fato de alguns desses povos fenícios nunca mais voltarem á sua terra natal,vivendo muito felizes nestas terras do Brasil.Essa lenda,jamais provada,legou á terra brasileira uma ideia de riqueza e prosperidade,um paraíso terrestre que atiçava a imaginação dos europeus.
                                       Nos tempos,ditos,modernos,os primeiros europeus a visitarem a costa brasileira foram os  espanhóis comandados por Vicente Pinzón. Mas,coube aos portugueses a glória  da conquista da terra desconhecida e trazê-la á civilização  dos brancos.

AFINAL, QUEM DESCOBRIU  O BRASIL?
A glória do descobrimento ficou para quem chegou,viu e ficou.Passar por aqui ,muitos passaram ,porém,deitar raízes,tomar posse da terra,cravar sua bandeira neste solo,só os portugueses fizeram.
Coube esse feito a um fidalgo de segundo escalão,chamado Pedro Álvares de Gouveia, ( como não era  morgado,só pode usar o sobrenome do pai, quando morreu seu irmão mais velho) segundo filho de uma nobre família de província,descendentes ,segundo a lenda,de  Carano, lendário primeiro rei da Macedônia, que ,por sua vez,era,descendente do semi – deus grego,Hércules. Mitos á parte,o certo é que,talvez,Cabral descendesse dos Cabreiras, um clã castelhano que possui um brasão similar ao deles.Fundo prata com duas cabras roxas que significa fidelidade . A família ganhou fama e fortuna  no sec XIV,pois,o trisavô de Cabral, Álvaro Gil Cabral foi um dos poucos  nobres a ficar ao lado do rei D. João I contra o rei de Castela. Por conta disto ganhou  o feudo hereditário de Belmonte. Cabral,pelo lado paterno, nascido por volta de 1455, natural de Santarém, era filho de Fernão Cabral e D. Isabel de Gouveia.Seu avô teve um cargo de confiança   junto ao Infante D. Henrique,grande incentivador e financiador das navegações portuguesas.
Numa terra de grandes navegadores e conquistadores – Fernão de Magalhães,Vasco da Gama,Bartolomeu Dias –Cabral foi escolhido mais por suas qualidades pessoais e porque já tinha feito uma expedição á Índia,com sucesso.Dizem que era bom guerreiro.
No entanto,se não teve a má sorte de Colombo,que aguentou prisão e maus tratos e morreu pobre e esquecido em Valadolid, também,não obteve nenhuma consagração ,nem mereceu,ao menos,versos de Camões.Tudo isso devido a desavenças com o rei D. Manoel I. Fala-se que o rei ficou muito irritado com as brigas e picuinhas envolvendo partidários de Vasco da Gama e a facção que apoiava Cabral.O comando foi dado a  Vasco da Gama ,sobrinho materno de Vicente Sodré,,apesar de durante oito meses,.Cabral ter se dedicado a preparar a expedição e de ser um navegador extremamente competente;além de dar de presente á Corte portuguesa,o Brasil.
Mas,Cabral,apesar de banido da corte ,fez um casamento precioso com D.  Isabel de Castro,uma nobre muito rica e descendente de D. Fernando I.A mãe dela era irmã de Afonso de Albuquerque,um dos mais respeitados líderes portugueses.
Morreu em Santarém,em 1518,foi sepultado na sacristia do Convento  da Graça,na capela do Senhor da Vida,numa sepultura rasa, cuja lápide,simples trazia uma inscrição de leitura difícil,sem nenhuma alusão aos feitos do  fidalgo que lá repousava.
O homem que deu a Portugal, essas terras afortunadas,ficou esquecido durante mais de quatro séculos,até ser encontrado,por acaso,por um brasileiro,o Visconde de Porto Seguro.

CABRAL

                  E A DESCOBERTA, FOI ACASO OU INTENCIONAL?
Essa é uma discussão antiga que dá muito pano para mangas.Hoje,é quase certa a hipótese de que os portugueses já sabiam da existência de terras a oeste,á beira do Atlântico Sul.
Famosos historiadores apoiavam a tese do acaso:Fernão  Lopes de Castanheda,João de Barros,Damião de Góis,Frei Vicente do Salvador e Rocha Pita.
Já Varnhagen, Pedro Calmon,Capistrano de Abreu – entre outros –apostavam na intencionalidade.
Moedas romanas foram encontradas na Venezuela o que prova a visita de antiquíssimas naus a essas paragens;os fenícios aqui estiveram,os normandos,também, que chegaram a construir um assentamento  antes do final do sec.XV ; e até o faraó  do Egito,  Necáu,teria feito uma viagem de circunavegação e por aqui passara.
Em 1498,é possível,que, o navegador português Duarte Pacheco Pereira,tenha visitado a costa brasileira,porém,o mais certo é que ele deu com os costados na América do Norte.
Nada ,porém,empana a grandiosidade dos feitos de Cabral.O único país sul americano que fala português,a hoje 4ª maior potencia do planeta,foi obra das suas viagens marítimas.
Cabral só teve um azar,além da desavença com D. Manoel I;não teve como amigo um poeta do porte de Camões,que cantou os feitos de Vasco da Gama.É isso ai,amigos,desde aquelas priscas eras,propaganda é tudo.
                                     *

                       A PARTIDA
A s portas abertas por Vasco da Gama,no Oriente,estimulou o rei D. Manoel a aprestar uma armada luxuosa e eficiente ,capaz de inspirar respeito  e mostrar ao mundo a grandeza do Império Português.
Esta armada,composta de 10  naus e 3  caravelas e 2500 homens,foi confiada ao nobre fidalgo Pedro Álvares Cabral. Entre o pensar e o fazer a coisa andou rápida,e,em Março,exatamente no segundo domingo deste mês,a frota,toda equipada e pronta para navegar estava fundeada  na praia  do Restelo,em Belém.
Os navios  São Gabriel,já testado na Índia por Vasco da Gama e reformada para essa expedição,Anunciada, comandada por Vasco Leitão da Cunha ,S. Pedro,comandada por Pero de Ataíde, e El –Rei, a nau sota – capitania,comandada por Sancho de Tovar,vice – comandante da armada, entre outros eram pilotados por pessoas experientes em viagens de longo curso,entre eles,Bartolomeu Dias,(o descobridor do Cabo das Tormentas, re- batizado como Cabo da Boa Esperança),Diogo Dias e Nicolau Coelho
Nesse dia,houve missa na ermida de Belém,onde mais tarde seria erguido o suntuoso Mosteiro dos Jerônimos, para assegurar as bênçãos celestiais aos denodados marinheiros.
O rei chamou Cabral á tribuna de honra de onde o Bispo de Ceuta pregou exaltando os membros da expedição.
Descendo o prelado do púlpito e bento o chapéu que o papa enviara a Cabral,o rei o colocou na sua cabeça e entregou-lhe o estandarte da Ordem de Cristo,que estivera no altar.
A procissão partiu rumo a praia.As cruzes levantadas,as relíquias sagradas,as bandeiras ao vento,tanta fé e tanta beleza comoviam a todos;alguns rudes marinheiros,choravam.O cronista da época,João de Barro,testemunha ocular da história,escreveu:”não parecia mar,mas,um campo de flores com a flor de aquela mancebia juvenil que embarcava.”
Por toda parte soavam trombetas,flautas,pandeiros,guitarras...E, a despedida fez-se entre risos e lágrimas.
No Restelo,após o beija – mão,a tropa partiria rumo ás Indias.
No Tejo,fervilhavam embarcações ,levando e trazendo gente rumo ás naus.
Soprando o vento a favor,dia 9 de março,as naus levantaram ferros.
Saída do porto ,a armada  tomou o caminho do cabo do Espichel e,aos poucos,desaparecia no mar infinito.
No dia 14,durante a manhã,chegou ás Ilhas Canárias;domingo foi vista em Cabo Verde;no dia 15,a primeira baixa.Desapareceu a nau comandada por Vasco de Ataíde.
E, ai,aconteceu o improvável;em vez de tomar o rumo do Oriente,os navios seguiram para o Ocidente.Afastando-se cada vez mais para Oeste,os navios deram com os costados em Porto Seguro,na Bahia,que ainda não era ,nem Bahia,nem Porto Seguro.
Porque navegadores tão experientes se desorientaram assim? Mistérios...Dizem que ventos fortes arrastaram os navios para a América.Mas,a mentira tem pernas curtas e logo um documento importante como a carta de Pero Vaz da Caminha,escrivão da Corte,notificou ao rei, já em terras que seriam brasileiras que “nãohavia tempo forte ,nem contrário”.
Outros dizem que,em busca de aventuras ,Cabral mudou a rota  e se meteu em mar largo,mas,isso seria impossível num homem responsável,obediente e fidalgo honrado.
O mais certo é que,secretamente,Cabral tivesse recebido ordens para na altura da Guiné se desviar o mais possível das calmarias,tão danosas á navegação.Obedecendo e,segundo Caminha,Cabral  engolfou-se pelo “mar do longo” e chegou á costa oeste do Cabo Verde,levado pela corrente equatorial,a qual,desde a África orienta suas águas para as regiões fronteiras.Desconhecidas até este momento,estas correntes que começam ,justamente, no Golfo da Guiné e atingem uma largura de 300 milhas,devem ter arrastado os navios para cada vez mais longe da costa africana.
Continuando a derrota,na terça feira,21 de abril,avistaram ervas marinhas e gaivotas,sinal de terra próxima.E,no dia 22, aquela terra que seria o o Brasil aparecia,glorioso,ante os olhos deslumbrados.Ao  morro que se destacava  foi dado o nome de Monte Pascoal,pois,celebrava-se a Páscoa.

                                    A TERRA
Navios rumaram para a terra.O Capitão Nicolau Coelho saiu num batel e quando chegou á boca do rio dos Frades,avistou uns 20 homens de pele cor de cobre, totalmente nus,armados de arcos e flechas.
A um sinal amistoso do Capitão,baixaram os arcos.Sem poder aportar devido ao mar que batia muito,ele atirou para a terra um barrete vermelho,uma carapuça e um sombreiro preto.Os índios devolveram o mimo ,jogando para os desconhecidos um cocar de penas brancas e um colar de conchinhas.
Os portugueses voltaram ás naus e foram procurar um lugar seguro para atracar os navios.
Velejando para o norte,encontraram uma bela enseada,onde cabiam mais de duzentos navios.A esse lindo e sossegado lugar deram o nome de Porto Seguro.
Num ilhéu  a que chamaram de Coroa Vermelha,Cabral e sua gente desembarcou e tiveram um merecido descanso.


                                 A PRIMEIRA MISSA
No dia 26 de abril ,por ser época da Páscoa,resolveu o Capitão Cabral ouvir missa.Mandou armar uma grande barraca e ordenou a todos que se dirigissem para lá.
Armaram um altar ,muito bem ajaezado,tendo a bandeira da Ordem de Cristo ,em destaque.
O capelão da frota,Frei Henrique  Soares,de Coimbra, juntamente com todos os padres da frota celebraram a Primeira Missa no Brasil.Acabada a cerimônia e o sermão que enalteceu a bela terra recém conquistada,perceberam que índios curiosos prestavam muita atenção a tudo e,por fim,começaram a dançar e tocar a inúbia,sua buzina selvagem,encantando os portugueses.
Finda a reza e agradecimentos, voltou-se ás questões práticas;combinaram enviar um emissário ao Rei,comunicando-lhe o grande presente que recebera, de mão beijada.Escolheu-se Gaspar de Lemos,que comandava o navio de mantimentos.
No dia 27 cortou-se um madeiro que transformaram em cruz para que fosse testemunha da chegada dos lusos a essa terra .No dia 30 á vista dos índios todos beijaram a cruz.Depois,em procissão,colocaram a cruz num lugar convenientemente escolhido e ao pé dela colocaram as armas e divisas reais.
Estava , enfim,batizado o Brasil,agora possessão portuguesa.para gáudio do Rei D. Manoel e de Deus Nosso Senhor.


                    BRASIL,UMA PIADA DE PORTUGUÊS?

                        EM DEFESA DOS LUSOS:
(para aqueles que acham que o Brasil deveria ter sido colonizado pelos holandeses e estão muito felizes com a colonização americana,of course)
                    O PORTUGUÊS INVENTOU 
                                         A MULATA

                                    O ZÉ PEREIRA,que deu origem ao Carnaval

                                   

 O SÃO JOÃO E AS FESTAS DE SANTO ANTONIO
           MAS,ISTO,FOMOS NÓS QUE CRIAMOS







EU E GATO DONDON AGRADECEMOS A VISITA.
                                      VOLTE SEMPRE!