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quinta-feira, 28 de abril de 2011

A DURA BATALHA DO ESCRITOR!


Você, leitor,senta-se na sua poltrona confortável e abre um livro.
Você terá, com  certeza ,horas divertidas ou instrução garantida,uma viagem magnífica pela mente de outra pessoa e novos conceitos surgirão dentro de si mesmo, mudando idéias pré-estabelecidas   e trazendo novas maneiras de ver as coisas.
Esse pequeno objeto chamado livro pode mudar uma sociedade; e,já fez isso muitas vezes. O livro é também o seu amigo mais fiel; o livro é o cachorro impresso.

O trabalho do leitor termina ai; começou com a idéia da compra do livro,a decisão de fazê-lo,apesar dos altos preços praticados por livreiros e editores,a ida à livraria,o prazer da degustação e escolha,a volta prá casa e,por fim,a leitura.
Se o autor for bom,você não para de virar a página;às vezes almoça de livro na mão só o  fechando quando a leitura acaba.
Que pena que terminou!
É como se um bom amigo,de conversa lúcida e agradável,de repente,partisse.Você já começa a ficar saudoso.
A gente sabe que um escritor é bom, dizia Salinger,quando o livro acaba e ficamos com vontade de telefonar prá ele.
O que o leitor comum não sabe é a verdadeira batalha inglória que é escrever um livro,no Brasil.
O autor desconhecido – e, todos começam  assim –tem que se vestir de paciência e persistência para publicar sua obra.
Primeiro, o trabalho de parir um livro – como todo parto, doloroso! -
Nós inventamos um romance, ou uma crônica a partir daquilo que conhecemos e das experiências que tivemos,então escrevemos como se estivéssemos contando a estória para nossos filhos.
Depois, insistir com editores pouco ou nada acessíveis,muito mais dispostos em investir em “best-sellers” comprados a metro,do que apostar num autor novo que ninguém conhece.
A vantagem dos livros estrangeiros é que já vêm com uma larga publicidade, marketing e merchandising juntos ”trabalhando” o livro e ,aproveitando a mídia, para impor o trabalho ao leitor.
–O brasileiro não lê, dizem eles.Editoras e distribuidores são negócios,como qualquer outro;como vamos perder dinheiro?
Ai, começa  a” via-crucis” do autor;nenhuma editora o quer;ele trabalha duro,confia no seu taco,adora escrever,quer repassar suas experiências,modificar preconceitos,mas,esbarra na barreira dos custos.
Se pode, paga para ser publicado.
Tudo bem, uma batalha foi vencida,mas,a guerra está longe de terminar.
Pronto o livro, tem que vendê-lo.Como?
Publicidade,mídia eletrônica ou não,custa muito caro.Muitas livrarias não querem livros consignados.
Com a internet,abriu-se uma pequena luz no fim do túnel;podemos vender e divulgar nossos livros através de e-mails,blogs,sites,Google books, etc e o leitor passará a nos conhecer.Mas,entre conhecer e desejar adquirir vai uma longa distancia.(Tenho mais de1.000 000.000 leituras na rede;se todos os meus leitores comprassem meus livros  eu já teria virado “best-seller”.)
Por isso, caro leitor não se irrite se receber um e-mail assim;delete,não compre se não lhe convém (ainda é melhor que os antigos vendedores de porta- em –porta, de quem  a gente custava a se livrar),porque para muitos escritores esse é o único meio de divulgar seu trabalho.
Como escritora  recebo ou compro livros de muitos colegas e fico feliz de ver a qualidade dos seus trabalhos,a dedicação às letras que eles têm e,me entristeço ao pensar:-Que pena,trabalhos como  esses se perdem e muitos jamais conhecerão.
E,com um riso amargo,me lembro que Balzac escrevia folhetins em papel jornal,H,G.Wells foi tapeceiro para sobreviver,Machado teve seus livros recusados diversas vezes e Shakespeare usava o teatro para divulgá-los.
E,se um golpe de sorte não os tivesse tirado do ostracismo?
Mas,não,não,me enganei nas palavras;foi uma dose de sorte,sim,porém,a palavra certa é persistência.Shaw dizia que sucesso é 10% de inspiração e 90% de transpiração.
Eu procuro diariamente o leitor; ele pode não me dar bola,não comentar,não comprar meus livros,mas,quero me fazer presente sem ser chata,respeitando o direito do leitor que não quer receber e-mails evitando,sobretudo,spams,mas, mas, tentando me fazer presente  e mostrar meu trabalho.Agradeço o bom retorno que tive e tenho.
Como  acreditava Hemingway,quando uma pessoa tem a habilidade de escrever e o desejo de escrever,não há crítico que possa causar danos ao seu trabalho se este for bom,ou salvá-lo se for ruim.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

AGENDA!..




 Foi muito interessante!
Para comemorar o Dia Nacional do Livro e festejar os 129 anos do escritor Monteiro Lobato fui para um bate-papo na escola “Letras e Números”,em Pernambués.
Lembrei dos meus tempos de professorinha, nos lendários anos 60, pois, esta escola se parecia com a que trabalhava, devido á organização,ao carinho demonstrado pela direção e professores e ao desejo de fazer um bom trabalho com as crianças por uma educação mais lúdica e sadia.

Sorriso e comportamento de criança feliz num ambiente em que esteja á vontade a gente conhece; mesmo porque, as crianças são francas e o mau hábito da hipocrisia ainda não foi instalado nesses doces coraçãozinhos que fazem nosso encanto.

Houve um teatrinho com personagens do Sítio do Pica Pau Amarelo.
As crianças saíram-se muito bem, agora era a minha vez.
Ansiedade! Há quanto tempo eu não trocava idéias com crianças, sempre voltada ao universo dos adultos.


Mas,correu tudo bem.
Percebi a aprovação delas, seja pelo silêncio ,pela atenção á fala ,seja pelas perguntas no fim da conversa.
Senti-me mais jovem entre eles e muito á vontade.
Ganhei flores, presentes e beijos e abraços,de longe a melhor recompensa.

Principalmente, ficou a certeza de que os pais presentes podem ficar confiantes quanto á educação que seus filhos recebem.
Quanto a mim, uma escritora militante pela boa educação de base, neste país, sai contente e pensando como seria bom que fosse assim com todas as escolas e para todas as criança. Como queria Lobato.




FALA O LEITOR:
Miram,

 Ainda exite escolinha como LETRAS E NUMEROS e porfessora e escritora como Miriam Sales.Parabéns!

 Mil beijos
 Varenka
Varenka de Fátima é escritora  baiana.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

NOVA EDIÇÃO DO LIVRO " A BAHIA DE OUTRORA"


A SEGUNDA EDIÇÃO   " A BAHIA DE OUTRORA" JÁ ESTÁ NAS LIVRARIAS À DISPOSIÇÃO DOS LEITORES.
O LIVRO DE AUTOR BAIANO MAIS VENDIDO EM 2010.
1ª EDIÇÃO ESGOTADA!
Vem com textos novos e excelentes recomendações na contra - capa.
O presente da autora para seus leitores continua.
Levando para casa essa nova edição ,o leitor ganhará o E- book "As Filhas do General".
O livro custa $28.00 e poderá ser enviado, gratuitamente,via sedex,para qualquer parte do mundo.
Reside fora de Salvador?
Peça o seu pelo e-mail: miriamdesales@gmail.com
Ou compre nas livrarias credenciadas:
Galeria do Livro ,(Praça Castro Alves,no Espaço Gláuber Rocha)
LDM (Rua Direta  da Piedade, centro)
Livraria do Aeroporto
Banca de Revistas (Shopping Barra,térreo)
Livraria Cultura (Shopping Salvador)











quinta-feira, 14 de abril de 2011

NOTÍCIAS LITERÁRIAS






Miriam de Sales faz palestra sobre Monteiro Lobato na Livraria Cultura, em Salvador-BA

31 acessos - 0 comentáriosNo dia 18 de abril é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil - data em homenagem ao nascimento do escritor Monteiro Lobato, o pai da Turma do Sítio do Picapau Amarelo. Para celebrar a data, a Livraria Cultura, em Salvador realizará no dia 17 de abril (domingo), às 13h, no Shopping Salvador, a palestra com o tema: Monteiro Lobato, com a escritora e professora Miriam de Sales Oliveira. Entre os tópicos abordados pela palestrante estarão: o homem Monteiro Lobato; vida e obra, o editor, o industrial, o criador do Sítio do Picapau Amarelo, lutas políticas e prisão, distribuição de livros e curiosidades.

Para Miriam de Sales, Monteiro Lobato é o maior escritor infantil brasileiro, um homem de múltiplas facetas. Fazendeiro, escritor, editor, industrial preocupado com sua gente e com o futuro do Brasil, principalmente focado na saúde e educação do nosso povo. "No decorrer deste bate " papo com o público; mostrarei cada uma das muitas faces deste grande brasileiro, de longe um homem acima do seu tempo, um visionário e um profeta dos tempos modernos", adianta a escritora. Miriam de Sales Oliveira - Nasceu em Salvador, Bahia. Professora formada pela Faculdade de Filosofia da Bahia, estudiosa da vida e obra de Monteiro Lobato. Escritora por vocação, estudiosa de Historia e Literatura. Fez vários cursos livres dessas matérias na Fundação Calouste-Gulbenkian, em Lisboa, no Instituto Histórico e Geográfico da Bahia, na Fundação Cultural do Estado da Bahia, no Museu Carlos Costa Pinto e na Academia de Letras da Bahia. 

Como pedagoga especializou-se em Piaget e Maria Montessori, ministrando cursos sobre esses mestres em várias escolas particulares de Salvador. Seus trabalhos literários são ecléticos, um passeio por vários temas, porém, todos com uma boa dose de humor. Escreve jornais e para vários sites e conta com cerca de 900.000 leituras. É membro da Academia Poçoense de Letras e Artes, ocupando a cadeira 55. Membro da Academia de Cultura da Bahia. Membro do Comitê de Autores da Câmara do Livro da Bahia. Membro da Academia de Letras y Artes de Buenos Ayres e da União Brasileira de Escritores - UBE. Autora de 08 livros, sendo o ultimo, "A Bahia de Outrora", um dos livros de autores baianos mais vendidos em 2010, já na 2ª edição revista e ampliada.

Serviço:
O que: Palestra sobre Monteiro Lobato, com Miriam de Sales Oliveira
Onde: Na Livraria Cultura no Shopping Salvador - Av. Tancredo Neves, 2915 - Caminho das Árvores - Salvador/BA

quinta-feira, 7 de abril de 2011

TODO TEMPO É DAS ÁGUAS!


Que ela é a fonte da vida todos sabemos.
Mas, também é a fonte responsável pela maioria das crendices  populares, talvez, pela sua Importância como elemento imprescindível  para a sobrevivência de todos os seres vivos.
Centenas de adágios populares  falam da água.
-Deus e as águas! Grito de socorro em aflição ou para tirar ziquizira.
-Água mole em pedra dura tanto bate até que fura! Quando se fala de persistência.
-Água não tem cabelo! Pois é,não há onde se agarrar...
E, por aí vai...
Mas, hoje vamos tratar das curiosas superstições que têm a água como principal protagonista.
Seu filho está demorando de falar? Dê-lhe água de chocalho ou água em que ficou de molho os bilros de fazer renda.
Água  coada em camisa torna perene uma amizade; se coada nas roupas íntimas, já usadas,  de um homem ou de uma mulher garante amarração para sempre.Também há quem coe o café, dizem  que é infalível.
Nas frias noites juninas, muito apropriadas para adivinhas, se a moça quiser saber seu destino, com os olhos vendados, toma três pratos, um sem água, outro com água limpa e o terceiro com água suja.
Aproxima-se e põe a mão sobre um deles. O prato sem água não dá casamento; o de água suja diz que o casamento será com um viúvo; já o de água limpa indica casamento com solteiro.

Mas, se o caso, em vez de casamento for frieiras  ,deve-se lavar os pés em água que se tenha lavado os pés de três galinhas.
Não sei bem porque, mas, segundo Leonardo Mota, não se deve beber água carregando uma luz na mão. Corre- se  o risco de ficar mudo.
Acho que foi aí que Narciso se deu mal, pois,segundo os antigos “mirar o rosto n’água corrente, o diabo leva a alma da pessoa para as profundezas dos infernos.”
Há que se estar atento aos  feitiços  e bruxarias, pois,se jogados n’água corrente é quase impossível,desfazê-los.
Já se o sujeito encontrar um feitiço e jogá-lo n’água ele perde a força maléfica.
 E, á  noite, antes de tomar um copo, melhor abanar a superfície da  água com a mão  , dizendo três vezes:-“Acorda Maria!
Como Maria é a dona das águas doces, estaria certamente dormindo na água, em  espírito,e a gente poderia correr o risco de o engolir.
Deduzi que Maria seria Oxum, a dona das águas na crença negra. Mas, creio que seria Yemanjá, também chamada Dona Maria, senhora das águas e que tem o doce nome de Maria,  pois ,representa Nossa Senhora,no sincretismo religioso.
Não custa lembrar que a Virgem Maria era chamada de Stella  Maris, estrela- do- mar, na mais solene oração dos cavaleiros templários.
A força das águas  deve ser muito respeitada; é um crime sem perdão, poluí-las,seja através de  atos fisiológicos ou amorosos,ou conspurcando sua pureza com lixos ou resíduos.
-“Urinar na água é o mesmo que mijar na boca da madrinha porque a água serve para batizar”.
“Quem cospe n’água,cospe na boca de Nosso Sinhô”, diziam os mais antigos.

Uma água corrente  limpa serve de barreira para forças maléficas como feiticeiros, bruxos  ou animais fabulosos.
O poder divino deste elemento evita que os mortos atravessem a água.
Nos países cristãos é comum persignar-se antes de entrar n’ água.
Acreditando-se ou não em superstições, proteger  a água é proteger a vida!

 Fontes:Câmara Cascudo, Penha Garcia,Cornelio Pires