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domingo, 29 de maio de 2011





Palavras leva-as o vento
Menos a mim,a mim,não.
Que as fecho, bem fechadinhas
Dentro do meu coração.
                    H. Rebordão ,poeta português

domingo, 22 de maio de 2011

UM FIM DE SEMANA FELIZ!


Segunda,terça, trabalho
Quarta,quinta,aflição
Sexta  de reflexão.
Sábado embaralhado
Domingo de salvação.
Miriam Sales
FAÇA DO SEU,
UM DOMINGO DE PAZ!
                            Miriam Sales

sexta-feira, 20 de maio de 2011

NORMA CULTA E IGNORÂNCIA


Diabos, dou um duro danado para escrever em bom Português, a língua herdada dos  meus ancestrais e agora me vejo enrolada no xale da doida, como se diz na Bahia,quando a gente se vê em situações inusitadas,quando se polemiza sobre a” última flor do Lácio,inculta e bela”,separando-a entre os cultos e os ignorantes.
Confesso que não sou tão culta e acadêmica como um primo que foi professor do Vieira e era motivo de riso para nós, os adolescentes na época, porque falava um Português machadiano, anacrônico para nossa compreensão.
Ele falava   solenemente :-Ver-te-ei outra vez, enquanto nós, crianças  da pá virada, dizíamos  um sonoro e corriqueiro   “ciao”,á moda italiana ,transmutado por nós em tchau, pois a língua muda e incorpora estrangeirismos, sim , senador Aldo Rabelo.
 Apesar de ter surgido do Latim purista  de Sêneca e Cícero e se transformado no Latim castrense  como  era estropiado nas casernas bárbaras e romanas, não  consigo engolir  o livro da Professora Heloísa Ramos,que quer transformar em português de subúrbio  o egrégio idioma de Camões,nivelando-o por baixo, em vez de tentar fazer o que é o real ofício dos professores, ensinar a falar direito,de acordo com as regras ortográficas e gramaticais.

Esse “apartheid” lingüístico foi sacramentado pelo MEC que comprou milhares de exemplares para distribuir nas escolas, coisa que não costuma fazer com escritores consagrados.
Mas,como em matéria de governo não estranho nada, principalmente esse que tacha Monteiro Lobato ,o maior escritor infantil brasileiro de racista e expurga seus livros, deveria estar dizendo como o ex-ministro Armando Falcão, -nada a declarar.
Mas, como o mal feito é da conta de todo mundo e eu faço parte do “povo do livro” mesmo estando na rabeira da fila , não consigo deixar de manifestar meu protesto.
Sei que não sou purista da língua e confesso que tropeço nas colocações de vírgulas,ás vezes, por esquecimento ressuscito o hífen e a trema,recém falecidos, mas, conhecendo minhas limitações de uma velha senhora que já presenciou dezenas de reformas ortográficas que ocorrem sempre que algum editor quer vender novos livros didático,.que faço eu? Recorro aos revisores como o excelente Léo Gargi,que entende lindamente de língua,no bom sentido, claro,já que é padre beneditino,e,sendo um homem santo não deixa o escritor vivendo de brisa, pois,seus preços  cabem nos bolsos furados de qualquer escritor, até uma pecadora não redimida, como eu.
Os muito * çábios do MEC que me desculpem mais escrever “nóis vai,nóis fica e  “peguei os peixe” não é para mim.
Na linguagem oral podemos até fazer algumas concessões,como começar com tu e terminar com você, na linguagem coloquial,mas, a linguagem escrita obedece a regras gramaticais universais e disso não abro mão.
Tendo o hábito pouco saudável de pensar, ora em desuso,pergunto aos meus botões já que não posso perguntar ao Hadad,nosso Ministro da Educação :
-E quando esses jovens assim ensinados forem prestar concurso público? Ou ingressarem nas Universidades? Ou forem fazer Mestrado e Doutorado em Coimbra, por exemplo,como será???
Tivemos recentemente um Presidente que veio do gueto e roeu muita embira no sertão de Pernambuco,até chegar a São Paulo arrastando seu bodocó.
Lá,cresceu e apareceu,virou líder mundial e até doutor em Coimbra.
Atropela a Gramática como ninguém e sua concordância  verbal faria as delícias da Professora  Heloísa,o que não o impede de palestrar aos doutores endinheirados  em Comandatuba, como aquele lá da Galiléia  que também multiplicou os peixes.
Com esse,no final.
*Escrito errado para agradar ao MEC.Afinal, um dia,quem sabe, talvez eles comprem meus livros...
Tá rindo de que? Sonhar é de graça!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

ENTREVISTA DO ESCRITOR ROBERTO LEAL A MIRIAM SALES


1-       
2-       
3-       
4-   1-   No seu modo de ver e pensar, o que falta ao escritor no Brasil?
A simplificação das leis de incentivo, a desburocratização dos editais e uma linha de apoio a pequenos projetos, a facilitação do emprego do subsidio público na literatura, isso está faltando há muito tempo.

5-    2-  Como fazer para ter visibilidade nacional?
A divulgação continua sendo a alma do negócio, com o escritor não é diferente, a       exposição do seu trabalho, a participação do perfil em eventos e publicações, a criação ativa no desenvolvimento de conteúdos e sua apreciação pública na forma de publicidade midiática, impressa, on-line ou radiofônica, ajuda na visibilidade espontânea.

6-    3- É melhor trabalhar por demanda ou imprimir vários exemplares?
Como editor, acredito que fica mais barato e menos trabalhoso, trabalhar com uma tiragem específica da obra.

7-   4-   E o apoio cultural do Estado, licitações etc., Realmente funcionam?
Já ficou provado que a burocracia dos editais é prejudicial ao artista, a dificuldade em cumprir exigências demanda na perda de tempo... Para que em seguida saia com um papel nas mãos mendigando apoio a empresários, um dever que deveria ser do Estado facilitar a aceitação do seu cheque, indicar o avalista do artista... É preciso uma reformulação de maneira a beneficiar quem faz arte e não é beneficiado com apoio.

8-   5-   O que você aconselha para uma boa distribuição do livro?
Distribuição para escritor independente nunca existiu, quem faz a sua distribuição é o próprio autor, se ele tem público ele tem aceitação, ele vende e espalha... O povo já não compra um produto que não conhece, nem nunca ouviu falar e de quem não sabe ser o fabricante!

     6-   6-E as feiras e bienais fortalecem o escritor?
            São importantes no processo de promoção e intercâmbio dessa camada sofrida, que é os escritores, onde arma-se um palco e colocam lá centenas de escritores expostos, tendo ainda os independentes com raras exceções, devido à dificuldade de estarem lá...



quinta-feira, 12 de maio de 2011

PAPO DE ESCRITOR NA U.B.E. (BAHIA)



A  UBE  celebra o início de suas atividades com o lançamento do projeto "Papo de Escritor", que trará na sua primeira edição, para conversar com o público, os escritores Miriam de Sales e Roberto Leal, que falarão sobre suas trajetórias de vida, suas carreiras, suas obras e seus projetos para o futuro. 

Esse Papo de Escritor, acontecerá a cada dois meses e estará sempre trazendo dois escritores contemporâneos, para participar de uma roda de bate-papo com o seu público e convidados, abrindo um elo de diálogo entre o leitor e o autor, visando a popularização da cultura literária, através de eventos que incentive a leitura de obras desses escritores. O evento tem o apoio da Fundação Òmnira, Fundação Pedro Calmon e CEPA-Círculo de Estudo Pensamento e Ação. Dentro da programação exposição de livros dos escritores e sessão de autógrafos, na Biblioteca Thales de Azevedo ( rua Adelaide Fernandes da Costa s/n - Costa Azul ), dia 4 de junho (sábado) das 09:00 ás 12:00h. Mais informações (71) 8146-0940 / 8122-7231, entrada franca.

*Entrevista com Miriam de Sales:


-O que vc vai levar para o Papo de Escritor da UBE de novidade?

-Acho oportuno falar sobre todo processo de criação, editoração,divulgação e comercialização do livro sobre a ótica do autor independente.Pretendo sugerir editoras sérias a custo baixo.

-Esse tipo de evento traz visibilidade aos autores?

-Claro.Todo escritor ou postulante que deseja alavancar sua carreira, deve participar.

-O que muda no panorama literário baiano com a UBE ?

-A meu ver mais união,concentração de forças em torno de um só objetivo.Somos fracos porque somos dispersos.

-Como escritora, como vc vê essa nova movimentação literária?

-Com muita esperança.Muitos talentos novos sendo revelados nas mais diversas áreas literárias.
-Temos que voltar a ocupar um lugar de destaque no panorama nacional.
 

-Se oportunidade tivesse o que diria ao novo Secretário de Cultura da Bahia?

-Provavelmente ,criarei essa oportunidade.Pretendo criar um pequeno grupo para visitá-lo.Vamos enfocar a necessidade e espaço para os novos,a Bienal da Bahia e as caravanas de Cultura para cidades do Interior.
Licitações mais desburocratizadas e mais transparentes serão bem vindas.
 

-O que espera para o seu ano literário?

-O ano começou bem.Filiei-me á U.B.E e á Rebra.Meu livro Bahia de Outrora com a 2ª edição já está nas livrarias."Contos Apimentados" está chegando,porém, já está nas lojas da Ediouro. E acabei de lançar ,pelo Clube dos Autores , "As Filhas do General",a custo zero.
 
*Entrevista a Roberto Leal, escritor e ativista de Literatura,na Bahia


segunda-feira, 9 de maio de 2011

DE TANGA E CHAPÉU DE GAZETA!...


Num  excelente artigo publicado no mês de Abril no jornal “O Globo” ,o escritor João Ubaldo faz um desabafo que é ao mesmo tempo uma denúncia sobre os ganhos do escritor.
_Querem que vivamos de brisa,ele escreve.
Nada mais correto.
Para as pessoas comuns o escritor não precisa ser remunerado.Como vive “nas nuvens”, entregue às suas ilusões e pensamentos,ambos matéria  empírica,não precisam se preocupar com coisas materiais  e comezinhas  como aluguel,alimentação,escola dos filhos,condução, enfim,coisas  prosaicas indignas de pessoas que habitam os superiores páramos do intelecto.
Assim ,não precisam receber nada pelos seus trabalhos literários,como artigos escritos em jornais,palestras,apresentações públicas etc.
Escrever não é ofício ,logo não precisa de remuneração.
Como escrever não é considerado  uma tarefa séria porque o escritor, o poeta ou ensaísta não vai procurar o que fazer para manter-se e escreve apenas para seu prazer pessoal e brindar seu país e o mundo com as suas mal traçadas?
Como um novo apóstolo ele tem que calçar as suas sandálias velhas e empoeiradas e  espalhar seu talento entre todos,gratuitamente, seja na rede ,nos grandes jornais ou publicando livros que ,muitas vezes,como no caso desta escrivinhadora aqui, saem do seu próprio bolso.
As palestras são outra estória.
Antigos presidentes,executivos de grandes empresas e cantores de axé , quando convidados,recebem uma nota preta para dizer umas palavrinhas a um público ávido para ouvi-los  ou que desejam apenas “tirar uma foto” com uma celebridade.
_Viu, Totonho,estive lá.
Entende-se; são os seus 15 minutos de fama.
Já o escritor é convidado para uma palestra, mas,espera-se que ele sinta-se honrado pelo convite e vá de graça.
Condução, refeição, tudo por sua conta.
Afinal, pensam alguns, o escritor não é rico?
Certa vez, enquanto eu estava numa livraria freqüentada por gente elegante aqui em Salvador, uma senhora folheava livros.
Agarramos na conversa, naturalmente sobre escritores e livros e ela ficou espantada quando eu lhe disse quanto ganha um escritor e quanto custa o livro que ela compra nas livrarias.
O livro que ela escolheu custava para o leitor $25.Ela não acreditou quando eu lhe disse que o autor recebia apenas 5 a  10% do preço da capa, ou seja, $1.25 a $2.50.
Acho que a pobre moça está de boca aberta até hoje.
Pensava que todos eram como Paulo Coelho ou os artistas de Tv.
Ledo engano!
Os artistas da renascença,como Ubaldo bem colocou,tinham um mecenas que o sustentavam. Casa ,comida e roupa lavada, garantidos.
Mas,tanto Ubaldo como eu, não somos mais jovens e bonitinhos para vivermos de gigolagem.
Artigos nossos, perambulam pela Internet sem que nos paguem nada e nem sequer sejamos comunicados ,da sua trajetória.
De vez em quando abro o Google  encontro meus textos habitando vários sites e jornais dispersos por ai sem o um conhecimento.
Segundo estatísticas confiáveis entre sites e blogs eu conto com mais de um milhão de leitores na rede.Se cada um pagasse $0.01 centavo  já daria  para pagar alguns custos.
Já os sites que publicam e vendem esses textos ,esses sim, devem ganhar muito bem.
Até em Angola e Cabo Verde,eu os encontrei.
Ao menos deram-me os créditos.
Segundo  Ubaldo,já existe  sábios da Internet pregando o fim dos direitos autorais, mesmo essa merreca que recebemos.
Resta informar a esses bem remunerados cidadãos que os bens, ditos gratuitos ,são regiamente pagos.Por nós,autores.
Diagramação,revisão, divulgação,distribuição e outros” ãos” que  são a via crucis do escritor independente  e oneram terrivelmente seus bolsos puídos.
Não existe almoço grátis.
Não sei se  você, leitor, já reparou que todos os grandes escritores brasileiros foram funcionários públicos: Machado,Graciliano,Drummond,Vinicius, a grande maioria.
Estou pensando seriamente em virar *“chopin” de algum deputado ou senador e conseguir uma sinecura para sobreviver.
Pena que não poderei mais escrever os discursos do Lula.
*Chopin:no Rio Grande do Sul é como e chama o passarinho que vive à custa do tico-tico.
 IMG: Charge de Dom André
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sábado, 7 de maio de 2011

Fundação Òmnira: Eventos

Fundação Òmnira: Eventos: "Escritora Miriam de Sales
A UBE celebra o início de suas atividades com o lançamento do projeto 'Papo de Escritor', que trará na su..."

quinta-feira, 5 de maio de 2011

REVOLUÇÃO NA ARTE DA ESCRITA


Primeiro  os livros eram cunhados nos tijolos,depois foram os pergaminhos,seguidos pelo livro impresso que dura até hoje e onde nós escrevemos nossas mal-traçadas linhas.Mas,agora vem ai a novidade definitiva:o KINDLE DX ,da Amazon.
Editores, livreiros, livrarias,tremei!Uma revolução parece estar a caminho.
Há muito se fala no livro digital; muitas tentativas nesse sentido já foram feitas.O próprio Kindle já passou por muitas alterações; o nº1  trouxe novidades,mas,não emplacou,o nº2 é só uma versão mais avançada do nº1,porém o DX,com um monitor de 24,6 centímetros,  esse vem para abalar Bangú.A Amazon apostou tudo nele.Será que vai aposentar o livro impresso para sempre e reduzi-lo às paredes das bibliotecas e museus como seus antepassados os palimpsestos e pergaminhos?
A vantagem do livro impresso é incontestável.É um ícone da cultura e como todo apaixonado leitor sabe,nada se compara ao prazer de abri-lo,folheá-lo,cheirá-lo.
O prazer que me dá entrar na biblioteca e vê-los quietinhos nas suas prateleiras,arrumadinhos,discretos,esperando para ser manuseados,aqueles amigos que me proporcionam o luxo de conversar com os cérebros mais importantes que já passaram por este mundo.
Estes livros são também a história da minha vida;todos assinados e datados por mim,lembro-me do dia e do local onde foram comprados,alguns autografados pelo autor,outros com dedicatórias carinhosas dos meus amigos.
Soma-se  a  essas ,outras vantagens: funciona sem bateria,dispensa manual,suporta quedas é barato e pode ser rapidamente substituído.Tecnologicamente,é perfeito!
Agora,o Kindle oferece inúmeras vantagens.

Possui um inclinômetro que permite girá-lo de lado ou 


pô-lo de cabeça para baixo.
Só o preço 500 dólares, mais taxa de importação,assusta um pouco.
O aparelhinho dará ao leitor acesso a 200.000 livros digitais, baixados em apenas 60 segundos e  conecta-se
 automaticamente  a   uma rede  wireless de telefonia celular 3G;a ligação não é gratuita ,mas,o preço está embutido no preço do livro e pago por cartão de crédito no site da Amazon.
Dado ao enorme crescimento dos livros digitais os editores brasileiros estão em pânico;o último livro de Dan Brown foi lançado no modo impresso e digital;este último vendeu muito mais.
E, nisso tudo,como fica o autor?Nossos livros  terão seus  direitos de publicação,comprados pela Amazon?
O pequeno autor chegaria lá?
Existe a AmazonEncore ;com base nas vendas dos livros no seu  site ,ela identifica os livros com bom potencial de vendas e os leva para o e-reader.É uma espécie de caça-talentos feito eletronicamente.
No Brasil, o custo do livro impresso é proibitivo;para o novo escritor sem recursos,publicar torna-se um sonho quase impossível e a distribuição é o nó górdio do escritor;vender seu livro,eis um circulo que escapou a Dante.
Já para acessar um livro no Kindle,paga-se apenas $9.90;pode ser desde a Divina Comédia até aqueles versos do seu colega de trabalho que rima amor com dor.
E já estão tentando melhorar o livro digital; querem fazê-lo colorido.Meus caros colegas,vocês já se atreveram a perguntar o custo de um livro colorido ou com gravuras pelo método impresso? Eu já- e minha pressão subiu e até hoje não voltou pro lugar.
Que venham as novidades! Porém,eu creio que a nossa geração não vai abrir mão do livro impresso;já nossos netos e bisnetos...
Se o livro é o pão do espírito,acho que o kindle nosso de cada dia ainda vai demorar um pouco a aparecer.