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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O SENHOR DOS MISTÉRIOS


Oscilando entre dois mundos, símbolo do bem e adotado como um deus ou tratado como “o avesso”, ás vezes confundido com o demônio e as forças do mal, o certo é que esse misterioso felino, por seus olhos estranhos e seu aspecto misterioso é adorado por muita gente, nas mais diversas culturas.
No antigo Egito, um filósofo grego, Diodorus Siculus, assistiu um soldado romano ser linchado porque matou um gato.
Nem a interferência de altos oficiais impediu a execução. Isso,porque,no Egito,o gato tinha poderes divinos;era a deusa Baath, divindade com rosto de gato e corpo de mulher.


Se um gato morria, mesmo que fosse de causas naturais, seu dono tinha de cobrir-se de luto, raspando até as sobrancelhas. O defunto tinha que ser enterrado ás margens do Nilo, onde havia um cemitério para gatos.
Numa das guerras entre egípcios e persas, Cambises, filho de Ciro, o Grande, venceu a batalha, colocando gatos em frente á infantaria; os egípcios não ousavam atirar suas flechas para não matar os gatos, e, o persa saiu vitorioso.
Mas, a pretensa divindade do gato  não era coisa só de egípcios; na Grécia, a deusa Diana tomava a forma de um gato e, na cultura escandinava, a deusa Freyla, da fertilidade, tinha sua carruagem puxada por uma parelha de gatos.


Utilidade prática, o gato não tinha nenhuma, além de matar ratos, claro; seu poder se devia á beleza de seus olhos e á sua semelhança com a lua. Assim como a lua, o gato surge á noite, escapando da humanidade e perambulando pelos telhados, seus olhos brilhando na escuridão. No oriente, acredita-se que o gato transporta a alma dos mortos; os africanos crêem que o morto reencarna no gato.
Tão lindo e tão misterioso, na cultura ocidental, o gato passou apuros. A igreja,sempre ela,passou a considerá-lo,diabólico.pura perda de prestigio.
Muitos gatos foram apedrejados e muitas mulheres queimadas na fogueira acusadas de bruxaria; dizia-se que elas podiam tomar a forma de um gato durante nove vezes, a fim de prejudicar outras pessoas. Muitas vezes os próprios gatos foram queimados pela inquisição, como Satã, por exemplo, um belo gato todo branco, que foi acusado de sugar o sangue de sua dona.
No nosso mundo moderno, conheço assustadoras estórias de “gatos” que sugaram as contas bancarias de suas “donas”, mas, nenhum foi queimado vivo.
O gato preto, por motivos óbvios, era o mais perseguido de todos. Sua má fama persiste até hoje, muita gente não gosta de vê-lo no seu caminho. É má sorte,na certa.
Mas, os gatos servem para prever o tempo, vocês sabiam?Melhor que nossos meteorologistas da TV.
Quando eles pulam e correm nervosamente, espere ventos fortes; coçar a orelha é sinal de chuv;. se sentarem de costas para a lareira,é tempestade,com certeza.
Tá seco, na sua terra?Agarre um gato e, com um conta-gotas, vá jogando água no dorso dele; atrai chuva.
Dizem que os gatos também têm o poder da cura. Esfregue o rabo do gato nos terçóis, verrugas, sarna, panarício e eles somem.
E, nos casamentos?Se um gato espirrar uma vez, próximo da noiva, o casamento será feliz. Dois espirros é sinal de chuva no dia do casório e três é sinal de um mau casamento. hora de deletar o noivo.
E, antes que vocês me deletem cansados da leitura, vou parando por aqui.

      Duas espécies de gatos.Qual você prefere?
Fonte: O culto ao gato, de Patrícia Dale-Green.




PARA RIR OU CHORAR???

                              O LIVRO DO ANO





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PALAVRA DO LEITOR



vera augusto,p/mail
mostrar detalhes 20:42 (9 horas atrás)
Acabei de ler suas reportagens lindas sobre
Recife, cidade linda, fiquei com vontade de morar lá

ea piadinha do politico serio de brasilia?Li reportagem sobre o escritor
seus  escritos é como se agente estivesse passeando pelo local..sentindo o cheiro da madeira do banco,
ou subindo as ladeiras....
me deu vontade de ler seu livro bahia de outrora novamente..
enfim suas fotos maravilhosas..alegria de estar numa  bienal, ou numa feira, sua alegria é a mesma.
as colegas tb ..todas no mesmo clima ....
muito bom
Pois é amiga vajo amanhã para o interior ..fico uns dias retorno final semana
saudades



quinta-feira, 13 de outubro de 2011

FLICA,A FESTA LITERÁRIA DE CACHOEIRA E DE TODOS OS BRASILEIROS



FLICA ,A FESTA LITERÁRIA DE CACHOEIRA
Festa,festa todo mundo faz.Seja um mero churrasco na laje ou  canapés e champanhe  nos salões patriarcais,estamos sempre comemorando alguma coisa.
Agora ,fazer uma festa literária num país onde a cultura não é tão valorizada quanto deveria,ai é que a porca torce o rabo.A história fica mais complicada.
.Antes de tudo  é preciso idealizar esta festa.Em seguida,escolher o local certo.Depois selecionar os convidados e autores participantes.E,por fim,porém,não menos importante  captar os recursos.
Quero lembrar que no Brasil não temos a política do mecenato.Grandes empresas não têm o saudável hábito de patrocinar festas de literatura.Fazer um show musical com um cantor da moda que arrasta multidões ou festas populares como o Carnaval todo mundo quer.Ter seu nome entre luzes piscantes   na frente de um trio elétrico visto por uma multidão de seres pulantes e contando com a cobertura  da mídia internacional ,  não é a glória?
Tudo bem,agora imagine uma festa onde predomina o conhecimento,onde os autores convidados  e presentes  são seres discretos e respeitáveis e para onde se dirigem seres pensantes e você,meu caro leitor,perceberá o tamanho da encrenca.
A preparação de uma festa desta – entre o sonho e a realização deste – dá um romance de muitas páginas.
Há muito que existe esse sonho que dormia no papel até surgirem três rapazes empreendedores que resolveram  comprar essa briga.Alan Lobo,Emmanuel Mirdad e Marcus Ferreira,três malucos - beleza ,toparam o desafio  e fizeram acontecer.
E os meninos pensam grande.A festa começou  com atrações internacionais.Estão certos;ou se entra pra arrasar a taba,ou não se entra.É assim que se faz!
 Deu certo.
 Convidada  fui lá na terça feira,dia da Abertura,assuntar como as coisas  estariam acontecendo.E vi acontecer.
Torço pelas festas literárias,seja na forma de modestos saraus,workshops, recitais,feiras ou festas. Só torço um pouco o nariz para as Bienais que consomem um monte de dinheiro público  –com o que se gasta nas Bienais daria para se fazer três festas literárias importantes ,como essa! – e, a meu ver,não contribuem de forma inovadora para o crescimento literário do país.Preocupam-se menos em  garimpar talentos  e limitam-se aos mais vendidos da Veja que estão muito longe ,com raríssimas exceções-  como o Fernando Morais,por exemplo- de representar o que se faz de melhor na Literatura brasileira.
Minha chegada á FLICA;foto cortesia de Vinícius Xavier,fotógrafo oficial da festa

Mas,voltando á FLICA,vários fatores além da garra de seus criadores ajudaram o sucesso.A escolha do local,por exemplo.Cachoeira é uma cidade histórica  da maior importância no cenário nacional.
Aqui no Recôncavo,em 1822, começou o movimento que  consolidou a nossa independência.Seus casarões coloniais,seu convento magnífico,as pedras de suas ruas e até o Rio Paraguaçú são testemunhas silenciosas desses acontecimentos.
Uma cidade de guerreiros, quer lugar melhor para sediar uma festa feita por guerreiros?
Apesar de ser a primeira, a festa teve o patrocínio de empresas como a OI Futuro, do Governo do Estado,da Fundação Pedro Calmon e da poderosa Rede Bahia.
Os padrinhos são bons, foram bem escolhidos, a menina terá vida longa, graças a Deus.
O público respondeu bem.As salas têm ficado lotadas por um público entusiasmado.
Ainda vamos falar muito desta festa porque ela veio para ficar.
Além da programação principal, temos uma programação paralela organizada pela Fundação Pedro Calmon,o” Pouso da Palavra”, e muita música ,tendo o rio como cenário.
Êta menina retada  essa FLICA.Já nasceu  empelicada,como se diz na Bahia!
Aguardem mais fotos e notícias.
                          O curador Aurélio Schommer

                         Escritor Ronaldo Correia de Brito

                      Show  Baiana System,no palco do Porto

                        A mesa discute os paradidáticos

Mesa com Fernando Morais,Raquel Cozer e Miguel Sanches Neto.Mediador Jefferson Beltrão
FotosG1,Bahia


*Acessem notícias nas minhas páginas do Google Buzz,Orkut,Facebook e Twitter.


FALA O LEITOR:

Olá Miriam!
Retorne à Flica.
Abs

Everaldo Oliveira,p/ mail.3.41h


Querida amiga fiz uma  solicitação agora mesmo  colocando para os coordenadores que é chegada a hora de se ampliar o leque dos cânones da literatura brasileira incluindo o seu nome.Um grande beijo e que consiga participar da FLica,o que não pude fazer.Espero,miriam,que a partir de 2012 esteja disponivel e tranquilo para participar de tds os eventos que nos forem oferecidos.O meu tempo é chegado e preciso disso.Grande beijo,amada.

Cézar Ubaldo,escritor e professor feirense,p/ mail 18.10,13/10




Barbaridade!Como uma escritora internacional como vc fica fora das mesas num evento deste?!
Manoel Ximenes,Gravatai,13/10.13.58


Depois de brilhar em Alagoas ,deveria estar na Bahia,né?
Simão Lopes,estudante,19.30,13/10



segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ENTREVISTA COM O POETA SÉRGIO BERNARDO

 Inaugurando essa nova seção de" Entrevistas" é  com muito prazer que trazemos hoje  Sérgio  Bernardo  ,um dos melhores poetas da nova geração,premiado em Portugal,Argentina e Brasil.
Sérgio,que além de excelente poeta é um ser humano notável - posso falar de cátedra pois nos conhecemos durante a FLIMAR- falará sobre seu trabalho,obras e vitória,enfim a grande luta silenciosa que travamos todos os dias para fazer boa literatura.
 Leitura obrigatória para todo leitor e todo aspirante a escritor .
Vamos conferir:





ENTREVISTA COM SÉRGIO BERNARDO

PERGUNTAS:

1-COMO VOCÊ COMEÇOU A ESCREVER? Foi na adolescência, e surgiu como uma necessidade paralela à leitura. Percebi que me interessava passar para o papel os pensamentos em torno do que lia, antes mesmo de desenvolver minha própria visão de mundo. Eram poemas que dialogavam muito com as obras de Augusto dos Anjos, Edgar Alan Poe e Alphonsus de Guimaraens, no início, e em seguida Mario Quintana e Carlos Drummond de Andrade, até partirem em busca da sua identidade.

2-TEVE DIFICULDADES NO COMEÇO? Foi difícil, porque quis começar pela poesia metrificada, ou seja, eu mesmo “compliquei” de início (risos). Tive a sorte de ter uma poeta clássica, a Abigail Rizzini, como mestra destes primeiros poemas. Daí, mais tarde, foi um pouco mais fácil me transferir para a poesia contemporânea, conservando, dos sonetos, trovas e haikais, a capacidade de síntese, do “dizer mais com menos”.

3-QUAL A SUA FORMAÇÃO INTELECTUAL? Estudei Comunicação e, mais tarde, Ciências Econômicas na Universidade Gama Filho, no Rio, entre as décadas de 80 e 90. Trabalhei em jornal por cerca de 10 anos. Hoje, me dedico exclusivamente à literatura e a projetos culturais.

4-VOCÊ PARTICIPA DE EVENTOS LITERÁRIOS EM TODO O PAÍS. COMO VÊ O ESPAÇO PARA NOVOS ESCRITORES? Este espaço está maior, sem dúvida, mas ainda não é o ideal. Ainda temos bastante dificuldade de distribuir livros e divulgar nosso trabalho. A competição com a literatura estrangeira é injusta para o autor nacional, aquele já consagrado, o que dizer para os novos escritores. A mudança é lenta, mas vem acontecendo, mais por iniciativa dos próprios autores do que pela boa vontade do mercado editorial. Mas acredito muito nessa prática do “Do it yourself” para mudar paradigmas.  

4-VOCÊ ESCOLHEU SUA EDITORA OU FOI ESCOLHIDO POR ELA? Diria que foi um encontro feliz. Através de um e-mail fiquei sabendo do Selo OFF Flip, que ficou sabendo do meu livro concluído. Rápido, em três meses, o “Asfalto” estava publicado e sendo lançado em Paraty, Friburgo, Rio e São Paulo.

5-QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE O LIVRO DIGITAL. VC FARIA UM? O livro digital está aí, crescendo em ritmo acelerado, e penso que veio para somar, não para substituir o livro impresso. Meu próximo livro, que será de contos, pretendo lançar também na versão e-book.

6-E A DISTRIBUIÇÃO, QUE É O CALCANHAR DE AQUILES DO ESCRITOR, COMO VC TRATA O PROBLEMA? Meu primeiro livro, publicado por conta de um convite da Secretaria de Cultura de Nova Friburgo, não teve distribuição. Fiz um lançamento em Friburgo e outro no Rio, e só. Os exemplares restantes foram sendo doados como objetos de divulgação. Já o segundo, que é o “Asfalto”, passou por livrarias como a Travessa, a da Vila e a Martins Fontes, podendo ser adquirido via internet. Agora, o editor está buscando meios de distribuí-lo em todo o país, através de uma importante instituição. Caso a transação dê certo, o livro estará em bibliotecas de todos os estados brasileiros.

7-FALE DA SUA POESIA E DE SEUS LIVROS. Esse mergulho na própria obra não é simples. Daí haver a crítica literária para salvar o autor de uma autoanálise indesejada. Minha poesia recebeu opinião favorável de autores importantes como Affonso Romano de Sant`Anna e Astrid Cabral, o que me anima muito na sua execução. Sobre ela, eu diria apenas tratar-se de uma tarefa que gosto muito de fazer. 

8-SEU BLOG É POR DEMAIS INTERESSANTE. A INTERNET É IMPORTANTE PARA SEU TRABALHO? Fundamentalmente importante, pelo seu alcance e retorno imediatos. Hoje a troca com outros escritores é diária, o estímulo dado e recebido é constante. Isso mantém o autor em movimento, num ritmo produtivo muito mais intenso, e também mais atento à qualidade da sua escrita.

9-QUAIS OS SEUS PLANOS IMEDIATOS? No momento estou ocupado na curadoria do Encontro Literário Sesc Nova Friburgo, que acontecerá entre os dias 18 e 22 de outubro, com oficinas, palestras e outras atividades em torno da literatura. E, claro, trabalhando no livro de contos, ainda sem título escolhido, que espero publicar no primeiro semestre de 2012.

10-POR QUE O LEITOR DEVERIA COMPRAR OS SEUS LIVROS? Talvez porque eles sugerem, muito mais que afirmam. E não digam, como queria o poeta português José Régio, “vem por aqui”. Neles o leitor só vai por onde o levam seus próprios passos. Liberdade de trânsito que também procuro, sempre, nos livros que compro.   

Obrigada ,Sérgio,por essa conversa gratificante para mim e para meus leitores.


Vamos conhecer o Sérgio Bernardo?

Sérgio Bernardo nasceu no bairro de Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro, em 30/10/1966.

Manteve, entre 2003 e 2009, a coluna literária semanal "LetraLivre", publicada no caderno "Light", do jornal "A Voz da Serra". Nesse mesmo veículo, publicou dezenas de matérias sobre cultura e arte e também atuou como revisor de páginas.
Poeta e contista, começou a dedicar-se à literatura em 1984, tendo recebido prêmios em diversos estados do Brasil, várias cidades de Portugal e também na Argentina. Entre os prêmios destacam-se o Helena Kolody de Poesia, promovido pela Secretaria de Estado de Cultura do Paraná; o Paulo Leminski de Contos, organizado pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo; o OFF Flip de Poesia, em 2006, uma das realizações do evento literário paralelo à Flip, em Paraty/RJ; e o Concurso de Contos do Sesc Amazonas, em 2011, no qual figura com duas obras.
Participa do documentário “Um bonde chamado Santa Teresa”, de 2006, dirigido por Jorge Ferreira, falando um poema seu sobre o conhecido bondinho desse bairro carioca.
Participou, em maio de 2009, das Jornadas Pessoa-Crowley, realizadas pela Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, Portugal.
Está presente em diversas antologias, no Brasil e no exterior, entre as quais a “Meninos” (Belo Horizonte/MG, 2009), “Tramas” (Montevidéu, Uruguai, 2010) e o “Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa” (Instituto Piaget de Almada, Portugal, 2010).
Já coordenou, dentro do projeto Poemia, do Sesc de Nova Friburgo, três atividades de leitura compartilhada: em novembro de 2009, “Consciente poesia negra”, uma coletânea de poetas negros do Brasil e países africanos lusófonos; em novembro de 2010, “100 vezes Rachel”, sobre os cem anos de nascimento da escritora Rachel de Queiroz; e em abril de 2011, “Datas de Abril – Versos da identidade brasileira”.
Em maio de 2011, foi um dos convidados para mesa de autores do I Festival Literário Raul Pompéia, evento realizado nas ruínas da igreja onde o escritor foi batizado, em Jacuecanga, Angra dos Reis.
Em setembro de 2011, foi um dos palestrantes da 2ª Festa Literária de Marechal Deodoro (Flimar), em Alagoas, onde abordou o tema “Literatura Brasileira” para estudantes de duas cidades do estado.
Em outubro de 2011, será o curador do Encontro Literário Sesc Nova Friburgo, com cinco dias de atividades ligadas à literatura.
Tem dois livros publicados: “Caverna dos signos” (poesia e narrativa), de 2005, editado a convite da Secretaria de Cultura de Nova Friburgo/RJ, cidade onde vive; e “Asfalto” (poesia), pela editora Selo OFF Flip, lançado em agosto de 2010 em Paraty/RJ.
É membro correspondente da Academia Cachoeirense de Letras (Cachoeiro do Itapemirim/ES), emérito da Academia de Letras, Artes e Ciências de Conselheiro Lafaiete (MG) e efetivo da Academia Friburguense de Letras e da Academia de Letras do Rio de Janeiro, onde também é patrono da cadeira nº 5.
Alimenta o blog de poesia "Tudo vira poesia", e colabora nos blogs “Manufatura” e "Concursos Literários" (neste último em parceria com os escritores Rodrigo Domit e Joakim Antonio).
No jornal virtual "Sobrecapa Literal", editado pela escritora Ana Cristina Melo, assina a coluna "Sem poesia não dá" desde o início de 2011.

                                  O link para o blog é: http://tudovirapoesia.blogs.sapo.pt

    





               Capa do magnífico livro de poesia do autor.




Seu poema premiado: Falha geológica



Mar de fósseis em cada esquina,
a urbe agoniza
com cheiro de maresia no asfalto.
Nas praças navegam horizontes apagados,
sem mapeamento possível,
num hemisfério de sucata.
Jornais nunca lidos espalham palavras
na sombra desses homens,
de borco uns, uns de lado,
mastigando guimbas com lábios cheios de felicidade.
Perdidas memórias nos arquivos,
houvesse algum tempo para reavê-las,
seria minúsculo.
Mas não há:
o tempo fendeu-se como falha geológica
geradora de mortos.
Também não há identidade
nas reentrâncias das ruas,
entre havaianas,
copos descartáveis,
a sopa da noite,
todos sangram por poros iguais,
cruzam a mesma praia nua.
Quem dera houvesse ao menos conchas.


PALAVRA DO LEITOR:



vera augusto p/mail
mostrar detalhes 21:05 (3 horas atrás)
Excelente entrevista
muito competente o poeta carioca
Vc como sempre nos supreendendo com as boas entrevistas
saudades de vc e dos blogs
abrs familia
bjs
vera