Se tudo muda de geração a geração porque não mudariam os nomes?
De dez em dez anos haverá grandes transformações sociais,dizem os especialistas.Faz sentido.Os da minha geração viram essas coisas acontecerem desde a pílula que libertou a mulher até a Internet que liberou centenas de escritores.
Porque não mudariam os nomes ?Estou falando de nomes próprios ,é claro,embora alguns sejam bastante impróprios para o cidadão obrigado a conviver com eles toda a vida. .
Antigamente,isto é ,outrora ,as moças em flor chamavam-se Margarida,Gardênia,Flora,Petúnia, Violeta; algumas chamavam-se Glória,Felicidade,Bela,Esperança.
Ah,e havia as Marias :Maria da Natividade,Maria do Céu,Maria de Nazaré,Maria da Anunciação,Maria das Graças,Maria da Fé,entre outras.
Havia nomes mais pesados e pouco femininos como Gertrudes, , Estefânia, Anastácia,Joaquina, Escolástica, Capitolina, Duculina,esse um nome explosivo se a gente quisesse usar o diminutivo tão comum na Bahia .E nomes doces e suaves como Regina ,Madalena e Odete,
Sobreviveram as Marinas , Marianas e Renatas.As Sílvias e as Lúcias,doces nomes cantados pelos poetas estão em baixa.Como as Lurdes e as Fátimas.
Mas,segundo o IBGE tudo isso mudou.
As moças em flor agora chamadas de gatas,minas, passaram a ser batizadas de Ana ( o mais procurado na lista),Gabriela,Carolina,Thais,Talita,Fernanda,Flávia,Renata,Marcela,Jéssica,Mayara,Isabella etc.
Os homens deixaram para trás perdidos nas brumas do tempo os Manueis,Pedros,Paulos , Abelardos,Leonardos,Leopoldos,nomes masculinos de peso e respeito, Josés ( para onde foi meu bom José?) Antonios, Alexandres, Ubaldos,João -só ou acompanhado- ,como João Vicente,por exemplo,ambos fora de moda.
As grafias estrangeiras estão bombando principalmente entre as classes menos escolarizadas.
Sobram os Maicon,Luca,Williams,Diego,Giovanni,Juan,Jean, e um tal de Luan que não sei de onde veio.Ainda temos o Thomas,Kauê,Jonathan...
Imbatíveis continuam os Renatos , Robertos , Brunos, Marcelos e Felipes.
E por onde andará a Elizabete,meu Deus,que sobreviveu americanizada,Elizabeth?
Nos anos quarenta ao se aproximar de uma bela donzela o cavalheiro perguntava:
-Qual é a sua graça?
-Graça,ela timidamente, respondia.
Ótimo , Miriam! Outro dia eu estava escrevendo sobre estas mudanças, só que no futebol e aí me lembrei de uma velha piada do Chico Anísio sobre um time da infância dele lá no Ceará. O meio campo do timaço era composto por nada menos que REDONDO, PERU E CACETÃO. Hoje, estou vendo por ai, Richarlysson, Willians, Diego Augusto, Leandro Castan e por ai afora. Só que se perguntarem a eles qual é a sua graça, vão dizer: Grana. hahahaha! Abração. Paz e bem.
ResponderExcluirPODES CRER!
ResponderExcluirBJKS
Estamos voltando no tempo. Muitos já apreenderam o real sentido de um nome. Estamos na fase da simplicidade, onde Maria, Pedro, José, Joaquim... passaram a ser escolhidos com amor. Graças a Deus (rss). Em um país onde muitos ainda não sabem ler, não gostam de ler, o próprio nome constitui uma "aberração".
ResponderExcluirBjs.
Pois é,Marilene ,são as influências estrangeiras,via TV.Ainda temos um espírito de colonizado,é uma pena. bjks
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