Seguidores

domingo, 21 de agosto de 2011

"A MULHER",UM POEMA DE CÉZAR UBALDO

Click to play this Smilebox scrapbook
Create your own scrapbook - Powered by Smilebox
This free digital scrapbook customized with Smilebox

A PULGA SALVADORA



“O anel do médico tem duas cobras porque ele cobra quando cura  e  cobra quando mata.”
                               Barão de Itararé
                              Dr. Eusébio já clinicava em Maracás há mais de quarenta anos. Chegou recém-formado, tímido, ar caipira, mas, no decorrer do tempo, com lhaneza e competência, ganhou muitos pacientes, entre esses, a conta "estrelada' do Cel. Quinzinho; ninguém na família  do coronel freqüentava outro médico.
Dr. Eusébio  trouxe ao mundo os cinco filhos do casal,tratava da rinite de D. Candinha e de uma infecção crônica no ouvido direito do Quinzinho, que já durava perto de vinte anos. O doutor casou-se, teve um filho, acostumou-se á cidade que o acolheu e nunca mais saiu.
 Seu filho cresceu, foi estudar na Capital, junto com o filho mais velho do coronel, e,quando quis estudar medicina - foi a glória!-O pai babava-se de gosto e já tinha até mandado vir de Campo Formoso uma bela esmeralda, para seu Jofre, o ourives, fazer o anel de formatura.
Voltando o rapaz todo lampeiro, já doutor de anel e diploma, clinicou com o pai uns seis meses, até que este lhe disse:
-Pedrinho, meu filho, eu e sua mãe sempre tivemos o desejo de ter uma rocinha, coisa pequena, para  acabar nossos dias em paz, no meio das galinhas e cabras, plantando nossos legumes, tomando banho de rio e pitando meu cigarrinho, na rede, ao pôr do sol. A clínica, bem procurada, fica contigo; vai garantir o teu pão e o de teus filhos, como garantiu o meu. Sei que és um bom médico, vais criar renome, mas, te peço   uma atenção toda especial ao Coronel; visite-o sempre, tome-lhe a pressão e acompanhe com cuidado aquela supuração que ele tem no ouvido, é crônica, não tem cura, mas, vai aplicando mézinhas e evitando a dor, que correrá tudo bem, se Deus quiser.
 Venho daqui há seis meses ver como estás;se precisares, manda o Juvêncio com um bilhete. Beijou o filho e se foi.
Seis meses depois,quando voltou, encontrou a clínica cheia, o filho atarefado, não puderam conversar até o almoço;conversa vai, conversa vem, o filho lhe disse, o peito estufado de orgulho:
-Pai, não  vás acreditar! Olha que curei o ouvido do Cel. Eusébio; o homem tá que ninguém agüenta, feliz como pinto no lixo, aonde vai conta a estória e é Deus no céu e eu na terra.
                    -Então  o curaste! O coronel 'tá feliz, mas,eu não estou e logo,logo tu também não ficarás.
                     -Como assim,papai!? Não te entendo. O coronel tinha uma infecção causada por uma pulga que lhe entrou no ouvido e apostemou, dei-lhe penicilina,ficou curado.
                     -Meu filho,essa pulga, pagou teus estudos nos Maristas,pagou tua faculdade,anel e diploma,pagou esta casa e meu sítio,bobo.
E, agora,como vai ser???


COM A PALAVRA,O LEITOR:

Bravos! Bravos! Bravos!
Araken Galvão,escritor



terça-feira, 9 de agosto de 2011

OS BLOGS E EU!





















Minha avó sempre dizia para eu não me meter em camisa de onze varas.Vara era uma medida anterior ao sistema métrico , inexistente hoje,que equivalia a 1,1 metro atual.
A vara está fora de moda,mas,o conselho não; aconselha o sujeito a não dar um passo maior que a perna ou,num falar mais moderno,não querer meter Salvador dentro de Aracajú.
Por não seguir esses sábios conselhos repassados por três gerações é que eu agora ando sem tempo prá nada, torcendo para acontecer um milagre que faça o eixo da terra se deslocar um pouquinho e o dia possa ter 48 horas em lugar das usuais 24.
É tudo culpa do computador,juro.
Comecei escrevendo num site,depois vieram outros,deletei alguns inexpressivos ,mas,ai apaixonei-me pelos blogs.
Gente sensata ,com todos os parafusos na cabeça presos nos seus devidos lugares ,criam um blog.Ali escrevem suas mal traçadas,postam seus pensamentos,escolhem as imagens e vão dormir na paz de Jeová,felizes com a missão cumprida.Eu,não.Minha missão ficou foi muito comprida e quase nunca cumprida como deveria.
Sei que baiano é exagerado,mas,eu extrapolei.Descobri-me um caso psiquiátrico para Lacan nenhum botar defeito.
Não, não bastou parir seis filhos que pariram os meus treze netos,um deles bem apressadinho me deu uma bisneta,eu tinha que parir oito blogs.
Deveria estar deitada num divã, mas,cadê tempo para isso!?
Quando os blogs eram poucos eu os mudava todos os dias.Depois,passei a fazer postagens semanais.
Agora,só dá para trocar as postagens de dez em dez dias.Assim mesmo,com muito esforço.
Como são feitos (ou deveriam ser feitos) os blogs?
Bom,acho que conteúdo é tudo.A gente não vai assinar um espaço público cheio de bobagens.Claro que a matéria tem que ser atrativa para prender o leitor e evitar as visitas relâmpago,o cara clica,entra e sai correndo.
Um boa dose de humor é fundamental; vamos deixar os assuntos muito áridos e tristes para os jornais.
Fofocas,intriguinhas de beco tão comuns na grande mídia deixo fora.Mesmo porque nunca sei quem tem razão em que.Nunca me esqueço que a História e a Imprensa são escritas por vencedores.E,puxa a brasa para a sardinha dos seus partidários, patrocinadores,cupinchas etc.
Quanto á verdade cada um tem a sua e ela prefere continuar nua no fundo do poço.
Muita imagem distrai a atenção, além de fazer o blog parecer festa de adolescente.Bonequinhos,gatinhos,selinhos e outros inhos ficam lindos nos blogs infantis; se você já passou dos trinta,cuidado.
A diversificação é tudo; não tenha medo de misturar arte,textos,citações,entrevistas,charges,pois,o blog é uma revista eletrônica e como tal tem que prender a atenção.
Textos muito longos afugentam o leitor; ninguém lê mais nem livros muito grandes nem vê filmes muito longos. Estamos em plena era do “fast-food” literário.
Quem hoje leria “Guerra e Paz ”ou assistiria “ ...e o vento levou!”
Carinho é outro fator fundamental; a gente tem que gostar do que faz.
Visitantes são sempre muito bem vindos e os comentários são o salário do escritor.
Adoro recebê-los,mas,não sou muito visitada nem comentada.
Ás vezes até me ressinto,penso,-tanto trabalho prá ninguém ler?-Mas, nem por isso penso mudar a minha linha; desejo qualidade,não quantidade.
Continuo escolhendo a pauta,pesquisando,antenada,porque é assim que sou.É meu estilo.
Escrever me diverte. Não sei fazer outra coisa.Ser lida é a glória.
“Gazetas e folhetos têm uma gota como aguardente,com que muita gente se embebedou”,dizia um anônimo no Portugal do século XV.
Que consiga embebedar uns poucos tá de bom tamanho ,já que o bar não é muito grande.I

VIDA LITERÁRIA: CAROS COLEGAS

Click to play this Smilebox collage
Create your own collage - Powered by Smilebox
Personalize your own free digital collage

A VAIDADE!

Click to play this Smilebox scrapbook
Create your own scrapbook - Powered by Smilebox
Make your own scrapbook design