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domingo, 18 de novembro de 2012

COMO FOI PROCLAMADA A REPÚBLICA NO BRASIL






O BLOG DE NOVEMBRO/2012




Muitas vezes, na história do mundo, pequenos fatos podem desencadear acontecimentos notáveis.É claro, que,minúsculos acontecimentos  não detectados no dia a dia vão se acumulando como mágoas até que explodem aos borbotões sem que a gente espere ou perceba,mudando os acontecimentos  de uma hora para outra.
Assim aconteceu com a queda da Monarquia brasileira e a proclamação da República.
Uma questão militar, seguida de um levante geral das tropas de terra e mar foi a causa imediata dessas mudanças no tecido político  brasileiro.Mas.os acontecimentos de 15 de novembro de 1889 foram apenas  a gota d’água que transbordou o copo da insatisfação social vigente.
Herdamos a Monarquia de Portugal, regime comum aos Estados europeus em que  a uma pessoa bastava ter sangue real para ter o direito de administrar um país;  para isso,desde pequenininho era preparado e educado para aquela função.
Nosso imperador Pedro II, homem de extremo saber, era amado pelo seu povo,mas,a sucessão preocupava a todos,já que o nosso imperador já era um homem idoso e planejava abdicar em nome de sua filha,Isabel e descansar em Paris para fazer o que mais gostava:estudar,fotografar e conviver com a sociedade científica,longe dos problemas do poder.
Acontece, que o marido de Isabel,o Conde D’Eu era” persona non grata” aos brasileiros e a princesa não contava com a confiança do povo.
Apesar de ter assinado a Lei Áurea que extinguia a  escravidão,ou por causa desse fato que irritou os grandes fazendeiros de S. Paulo e Minas,o povo não apoiava a princesa.
Conta-se que, assinada a  Lei Áurea,o Visconde de Ouro Preto  lhe disse:
-A senhora libertou um povo, mas, perdeu o trono.
Então, veio a questão militar;há muito os quartéis mostravam sinais de inquietação influenciados pela maçonaria e pelo positivismo em voga na época  e alguns atos monarquistas punindo oficiais só acirrou os ânimos.
Entre eles estava o Marechal Deodoro da Fonseca, militar respeitado e admirado pela tropa , mas,também respeitador da lei e amigo pessoal do Imperador.Graças a essa posição,seus colegas de farda o incumbiram de ir ao Palácio pedir à D. Pedro a revogação das punições.
O Governo cedeu face às pressões, inclusive, do Senado.Mas,as relações entre o Governo e o Exército não melhoraram.
A propaganda republicana antes confinada a clubes fechados e ti-ti-tis caseiros ganhou as ruas.
Quintino Bocaiúva Silva Jardim, Lopes Trovão,Nilo Peçanha escreviam artigos magistrais; Campos Sales,Prudente de Morais pregavam abertamente a República,em S. Paulo Benjamim Constant,positivista emérito fazia inflamados discursos na Escola Militar.
E, acima de todos, impressionando o espírito público e conquistando as classes armadas, o baiano Rui Barbosa,a “Águia de Haia”,escrevia artigos disputadíssimos no Diário de Notícias,lidos pela elite brasileira.
No decorrer do ano de 1889 , o Gabinete  presidido pelo Visconde de Ouro Preto começou a tomar certas medidas que preocuparam o Exército.Ele aumentou o corpo de polícia e organizou a Guarda Nacional  além de  remover da Capital todo um corpo da Infantaria;além disso,trocou os comandos e excluiu vários oficiais importantes  das solenidades públicas;ficou patente que o Gabinete queria desestabilizar o Exército.
A Conspiração Militar ganhou força e foi para as ruas.
A República foi feita, sem a menor resistência.
O Império Brasileiro que durou 65 anos vinha desgastado pela sucessão de governos imperiais desacreditados e pelos partidos políticos sem mensagens novas que se eternizavam no poder: o Partido Liberal e o Partido Conservador. Este último há tempos no poder não oferecia solução para os graves problemas do país.
O Imperador deposto foi para a Europa e os principais nomes que  apoiaram o movimento tomaram o poder.
A palavra república vem do latim e significa (res) coisa (publica) do povo.
Uma convulsão social de proporções acompanhou a chegada deste movimento, sendo o mais importante   a Guerra de Canudos.




                      HINO DA REPÚBLICA  BRASILEIRA


Assim que tomou o lugar' do regime monárquico, os republicanos se preocuparam em estabelecer novos símbolos que tivessem a função de representar a transformação política acontecida no final do século XIX. Já em janeiro de 1890, o governo provisório do Marechal Deodoro da Fonseca lançou um concurso visando a oficialização de um novo hino para o Brasil. Com isso, o Teatro Lírico do Rio de Janeiro foi palco da disputa que acabou sendo vencida por José Joaquim de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque (1867 – 1934) (letra) e Leopoldo Miguez (1850 - 1902) (música).

Atuando como professor, jornalista, escritor e político, Medeiros e Albuquerque teve uma formação intelectual privilegiada, estudou na Escola Acadêmica de Lisboa e teve, no Brasil, o folclorista Silvio Romero como seu preceptor. No meio político foi um grande entusiasta do ideal republicano e, quando o novo regime se instalou, Medeiros e Albuquerque assumiu alguns cargos públicos e administrativos do novo governo.

Já Leopoldo Miguez saiu cedo do Brasil e, já nos primeiros anos de vida, se dedicou aos estudos musicais na Europa. Em 1878, voltou ao Rio de Janeiro para abrir uma loja de pianos e música. Sendo professo defensor da República, recebeu auxílio para retornar para a Europa e ali concentrar informações sobre a organização de institutos e conservatórios musicais. Em 1889, fora nomeado como diretor e professor do Instituto Nacional de Música.



Seja um pálio de luz desdobrado.

Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperança, de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!



Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!



Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, ovante, da Pátria no altar!



Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!


 Se é mister que de peitos valentes

Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou este audaz pavilhão!
Mensageiros de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!



Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!



Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!



Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!




TERMINA HOJE UMA DAS NOSSAS MAIS IMPORTANTES
 FESTAS LITERÁRIAS.COM MUITAS ATRAÇÕES 
NACIONAIS E INTERNACIONAIS,A FLIPORTO,TEVE 
MILHARES DE VISITANTES DE TODO BRASIL.

PONTO PARA O SHOW DE ABERTURA COM MARIA BETÂNIA,DEBATES SOBRE O LIVRO DIGITAL,ESPAÇO PARA CINEMA,ARTE E GASTRONOMIA.
PARABÉNS AOS ORGANIZADORES,ESPECIALMENTE MINHA QUERIDA AMIGA VERÔNICA ZYDOWICZ,CUJA DEDICAÇÃO É TÃO IMPORTANTE PARA O BOM ANDAMENTO DA FESTA.
HOUVE UM GRANDE ESPAÇO PARA EXPOSITORES,MESAS DE AUTÓGRAFOS E ,ALÉM DE MÚSICA E POESIA.



UMA DAS MESAS MAIS APLAUDIDAS: JOSÉ POSSI NETO,CHRISTIANE TORLONI E EDUARDO RUIZ




ECOFLIPORTO




LITERATRUPE


ESPAÇO ABERTO PARA TODOS









MUNDO IMUNDO


BEBÊS ,IDOSOS E MULHERES GRÁVIDAS ASSASSINADOS SEM PIEDADE


QUEM VAI DETER ESSE ASSASSINO???






VERGONHA SOBRE VOCÊ,ISRAEL E


 VERGONHA SOBRE VOCÊ,TAMBÉM,QUE


 ESTÁ AI SENTADO NA SUA POLTRONA E


 NÃO SE INDIGNA CONTRA ESSE 


GENOCÍDIO.










ATÉ MAIS!...

Um comentário:

  1. Um dos mais significativos estudos que li a respeito da proclamação(e do ponto de vista do povão) chama-se "Bestializados e Bilontras" de José Murilo de Carvalho, um dos nossos melhores historiadores.

    beijos,minha querida.

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