NOSSO BLOG DE AGOSTO/12
A GUERRA DAS ABELHAS, UMA ESTÓRIA REAL
Seu Jerônimo era um cabra muito feliz.Morava no seu sítio
no sertão da Bahia,sertão mesmo,sertãozãozão ,como só o velho Rosa sabia
descrever.
A vida corria tranqüila naquelas plagas,apesar da seca e
dos trabalhos forçados do campo.
O criatório de abelhas ia de vento em popa e o mel do Seu
Jerônimo era muito procurado;até para fora do Brasil ,pras estranjas já tinha
ido,levado por Seu John,chefe de uma missão religiosa na aldeia próxima.
As abelhas zumbiam tranqüilas no seu reduto entre
flores,no campo quase selvagem.
As mandassaias eram famosas pela qualidade do mel que
produziam.
Mas,toda essa paz ,um dia ,foi quebrada.
As pessoas mal saíam ás ruas,os fazendeiros se encolhiam
nas suas fazendas e até vaqueiros destemidos como Cézar que varava os sertões
atrás de uma rês perdida,pitava,encabulado,seu cigarrinho de fumo de
rolo,olhando a imensidão da serra que cercava o lugar.
Pois era dali que vinha o perigo.Já se ouvia,ao
longe,tropel de cavalos no galope,gritos ferozes ,descargas de espingardas e
vozes aflitas.
Os revoltosos,da Coluna Prestes desciam a Serra do
Tombador e,no seu encalço vinham os cangaceiros de Lampião,comandados por
Corisco,em direção de Jacobina,atrás de ouro
e outras riquezas.
Quando se cruzavam ,as balas pipocavam num céu de fumo e
os gritos dos feridos enchiam o
horizonte,antes tão pacífico.
As moças donzelas corriam para os esconderijos nos matos
,protegidas pelos rapazes da família,bem armados e prontos pro combate.
A fama das maldades dos
jagunços chegava longe,apavorando os moradores.Falava-se de
estupros,roubos,torturas e morte.
Todos pareciam apavorados menos as abelhas.Continuavam
cumprindo religiosamente suas tarefas diárias,suas leis não escritas tais como
servir e obedecer á rainha,cuidar das mais novas,executar seu trabalho coletivo
em benefício da colméia e ,se necessário ,defender seu espaço a ferroadas,arma
letal e quem já experimentou e sarou não quer experimentar de novo.
Mal nascia o sol lá estavam elas,no incessante trabalho de
trazer provisões que alimentariam a grande fileira de colméias estendidas em
toda extensão da cerca onde cresciam hibiscos coloridos e alecrins de
vaqueiro,enchendo o ar de perfume.No seu proveitoso trabalho,as abelhas voam á
busca das flores de quem sugam o pólen para fazer o mel e,nesse afá,voando de
flor em flor,mistura os gametas masculinos e femininos,gerando assim mais
flores que ornamentam os jardins da terra.
O dono da casa ,do
sítio de das colméias,na sua contínua inquietude,sempre parava á porta tentando
vislumbrar o horizonte.Foi assim que viu o que não queria ver.No meio da nuvem
de poeira,um grupo de cangaceiros com
seus inconfundíveis chapéus e gibão de couro ,galopavam em direção á
porteira do sitio.
Depressa o dono da casa gritou para o filho:
-Apressa-te,meu filho,apanha as armas,temos cangaceiros á
porta.
Dentro da casa todos corriam –empregados, agregados, mulheres
e crianças- levantavam barricadas com os pesados armários,trancavam portas e
janelas deixando apenas uma greta onde passavam os canos das
espingardas,trancavam os baús e levavam as mulheres e crianças para o sótão que
foi trancado por fora.
Seu Jerônimo não se entregaria fácil;estava disposto a
lutar e defender sua família até o ultimo cartucho.
Os cavaleiros já tinham cruzado a porteira e se
aproximavam.
De repente, o chefe da casa teve uma idéia genial e
chamou o filho; cochicharam um poço,ouvido contra boca e o rapaz saltando uma
janela lateral escondida por uma sebe,correu ás colméias,derrubou-as e
correu para casa.
Foi por um triz,os caras estavam quase ás portas e seu chefe,cheio de truculência intimava
a família que se rendesse.
Então,as abelhas enraivecidas por verem suas habitações
destruídas,começaram o seu combate particular.Instintivamente,lutavam por si e
pela família que as tratava desde sempre,pelas criancinhas que colhiam as
flores de onde elas tiravam seu sustento.
O combate foi muito feroz. Mas, que golpes de sabre ou
balas de revólver atingiram as abelhas na sua pequenez e velocidade?
Eram centenas, eram milhões, eram legiões enfurecidas que
atacavam os inimigos,derrubavam os cavalos cheios de dor,cujos relinchos davam
pena,formavam nuvens espessas sobre as cabeças dos
bandidos,cegavam-nos,perseguiam-lhes sem trégua ,espetavam-lhe os ferrões com
muita raiva,umas morriam,outras acudiam,pareciam que nunca se extinguiriam.
Após meia hora, ouviu-se o silêncio.
Ao por a cabeça de fora, cautelosamente,o rapaz viu uma
nuvem de poeira que se afastava para bem longe,enquanto,na poeira do
terreiro,dezenas de armas estavam jogadas a esmo,inúteis e desamparadas.
DON BONIFÁCIO DE SAAVEDRA,NOSSO GATINHO ESCRITOR.
Seu lugar favorito é minha mesa de trabalho.
O gato
escreve
sonetos á lua.
O professor,poeta e acadêmico Cezar Ubaldo é um dos participantes representando a literatura de Feira de Santana,Ba.
SELETA E SELETOS
Nossa primeira seleta está quase fechada.Um livro primoroso!
Será oficialmente lançada na FLIPORTO ,em Pernambuco,durante o mês de Novembro.Mas,ela passeará por todo o Brasil ,pelas Universidades,pelas entidades culturais e festas literárias.Estará nas livrarias selecionadas.
Queremos um retrato fiel do que se faz ,hoje,neste país,na área literária.Poesia,conto e crônica estarão bem representados neste livro que,também,homenageará autores consagrados do passado.
Meleagro,criador da primeira Antologia
BIENAL INTERNACIONAL DE SÃO PAULO
A EDITORA PIMENTA MALAGUETA ESTARÁ PARTICIPANDO NOS DIAS 18 E 19 ,COM LANÇAMENTO DE LIVROS,NO STAND DA U.B.E
APAREÇA E LEVE UM BRINDE!
PARQUE ANHEMBI,SÃO PAULO
FRASES FAMOSAS:
A idade da razão
AS CRIANÇAS ATINGEM AOS 7 ANOS A IDADE
DA RAZÃO.DEPOIS DISSO,COMEÇAM A PRATICAR TODA ESPÉCIE DE LOUCURAS,ATÉ O JUIZO
FINAL.
BARÃO DE ITARARÉ
NOTÍCIAS & NOVIDADES
VEM AI O LIVRO DA POETISA CARLA ELÍSIO,"SONHO DE MENINA".AGUARDEM A DATA DO LANÇAMENTO.
CANTINHO DO HUMOR
não sei se é pra rir ou pra chorar...
CHICO CARUSO,PARA "O GLOBO"
'TÉ MAIS!
Olá, Miriam! Obrigada pelo convite. Aqui em casa tem duas cachopas de marimbondos - daqueles pretões imensos - em árvores. Não deixo ninguém mexer com eles... quem sabe, no futuro, eles não servirão para defender a casa, como as abelhas da história? E eles são tão grandes, que metem medo! Adorei a história.
ResponderExcluirAmiga,convém guardá-los e tratá-los muito bem.rssss
ExcluirNunca se sabe.
bjs
Informação, diversão e tuuudo de bom por aqui, amiga!
ResponderExcluirParabéns, minha querida!
Beijinhos meus|!